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Número de UTIs ocupadas para Covid-19 sobe em Niterói

O aumento também pode ser analisado no número de quartos destinados para pacientes com a doença. Foto: Gov PR / Arquivo

Após semanas registrando queda tanto na ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) quanto nos quartos da rede privada, Niterói apresentou um aumento significativo nas taxa de ocupação.

Na última semana, o boletim divulgado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde (SindhLeste) apontava 51 leitos de UTI reservados para Covid-19 na rede particular da cidade, representando uma taxa de 18%. Já nesta semana, a pesquisa mostra uma ocupação de 74 (26%).

O aumento também pode ser analisado no número de quartos reservados para pacientes com a doença, que subiu de 65 para 76 (23%).

De acordo com o levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, até a última segunda (22) a cidade registrou 28.970 casos confirmados de coronavírus. Sendo 27.844 curados, 105 em isolamento, 208 hospitalizados e 813 óbitos.

São Gonçalo

Em São Gonçalo, o levantamento mostrou aumento do número de UTIs, que passou de 21 para 22 leitos ocupados na rede particular. Subindo de 36% para 38% na taxa de ocupação.

Já o número de quartos destinados a pacientes com coronavírus teve uma queda de 1%. Diminuindo de 20 (22%) para 19 (21%), de acordo com o SindhLest.

A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo informa que a até a última segunda-feira (22) a cidade contabiliza 50.907 casos confirmados da doença. Além disso, o boletim mostra 47.334 curados, 49 pessoas hospitalizadas na rede pública municipal, 2.129 em quarentena domiciliar, 42 óbitos em investigação e 1.395 óbitos confirmados.

Projeto "Reabilitação pós-Covid-19"

Os primeiros resultados do projeto piloto “Reabilitação pós-Covid-19” apontam que os pacientes que tiveram Covid-19 podem ter uma melhora condição motora e funcional no Sistema Único de Saúde (SUS). Após três visitas e dois encontros virtuais em cinco hospitais do SUS, localizados nas cinco regiões do país, entre novembro/2020 a dezembro/2020, para avaliar o desempenho na assistência hospitalar em pacientes pós-Covid-19, possibilitaram um resultado no aumento de 26% na evolução dos pacientes em relação a independência motora e funcional. Além de elevar para 120% o valor agregado da internação até a alta de cada paciente, ou seja, mais qualidade nos serviços de saúde prestados e melhor experiência vivida por eles.

“O nosso objetivo é proporcionar mais qualidade de vida aos nossos usuários, principalmente àqueles que ficam debilitados, acometidos pela Covid-19 e outra doença crônica associada, diminuindo assim o aparecimento de novas patologias indesejáveis”, comenta o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte.

A iniciativa é do Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), executada pelo Hospital Sírio Libanês. Os projetos implementados no Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR), tem como objetivo trabalhar a reabilitação de pacientes críticos pós Covid-19, implementar a alta segura, o giro de leitos e promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas no SUS.

O Hospital Geral de Fortaleza, no Ceará, implementou 97% das ações planejadas e conseguiu atingir 60% de evolução geral. Já o Hospital Municipal de Contagem, me Minas Gerais, conseguiu implementar 74% das ações do projeto e mostrar um quadro de evolução de 267% geral nos serviços de saúde prestados.

Um dos desafios do projeto é implementar o trabalho das equipes multiprofissionais e capacitar esses profissionais em meio a pandemia. Na fase piloto, cerca de 250 profissionais foram capacitados em mais de 320 horas de troca de conhecimento mútuo.

O “Reabilitação pós-Covid-19” tem duas fases, a primeira tem duração de dois meses de intervenção e a segunda consiste em quatro meses de monitoramento. A equipe de intervenção é composta por: médico, especialista em gestão hospitalar, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro, fonoaudiólogo e assistente social.

Para realizar esse projeto, foi utilizada a filosofia Lean e ferramentas como, o plano de resposta hospitalar, o Round interdisciplinar e também as cartilhas de apoio.

O projeto se mostrou necessário e foi muito bem recebido pelas instituições participantes. Ele continuará no próximo triênio 2021-2023 e deverá atender dez hospitais por ano.

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